A prática leva a perfeição: qual o tempo de treinamento de coletas para jovens entomólogos tornarem-se eficientes?
DOI:
https://doi.org/10.12741/2675-9276.v4.e057Palavras-chave:
Coletas, Entomologia, PráticasResumo
Entre diversas técnicas de captura de insetos, a captura ativa por rede entomológica é uma das que demandam maior domínio do coletor, para que seja feito o seu uso correto, tendo assim por consequência, uma boa eficiência para a captura dos insetos. O objetivo do trabalho é descrever o tempo necessário para que jovens entomólogos adquiram prática no manuseio do equipamento, bem como comparar a eficiência de captura de insetos. As coletas ocorreram entre abril de 2021 e março de 2022, com intervalo quinzenal. As coletas manuais com rede entomológica foram realizadas por ao menos 4 horas ao longo de cada dia de coleta, por cada um dos integrantes. Para serem feitas as comparações, foram selecionados dois tipos de insetos para serem capturados, abelhas e vespas. Foram obtidos um total de 958 indivíduos de abelhas e vespas amostras. O coletor experiente foi responsável pela coleta de mais de 60% dos indivíduos coletados. A média de captura de indivíduos pelo coletor experiente foi de 16,34 enquanto para os iniciantes foi de 8,86 havendo diferença significativa. Observamos ser necessárias ao menos 10 coletas para os alunos chegarem em valores próximos ao coletor experiente, entretanto a variação sazonal na ocorrência dos insetos interfere na capacidade de localização em campo por se tornarem menos abundantes. Para além do tempo necessário para dominar a técnica, a capacidade de identificar os exemplares de interesse no campo também é relevante. Portanto, o treinamento deve combinar as práticas de campo com observação em laboratório dos exemplares de interesse.
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